O ano 2000 trouxe à cidade de Lisboa A MONSTRA, um dos seus primeiros festivais de cinema. Nasceu com o novo século e trouxe uma nova forma de abordar e colocar em diálogo o Cinema de Animação com todas as Artes.

Foi o primeiro festival a provocar o encontro entre criadores, linguagens artísticas interativas e generativas com as audiências, desafiando novos olhares sobre uma linguagem tão pluridisciplinar quanto desconhecida.

A MONSTRA mostrou e continua a mostrar a Animação como Arte de diálogos e encontros. Abrangente, transversal, transdisciplinar, única, ímpar e fundamental. Inicialmente num formato de mostra de cinema em ponto grande, onde a transversalidade, a formação, as exposições e a literacia dos mais novos estava já bem presente, a MONSTRA expande-se introduzindo a sua seção competitiva em 2007.

O país convidado de 2000 leva-a, em 2001, a uma longa digressão pelo Brasil, o primeiro passo de uma expansão nacional e mundial protagonizada pela MONSTRA à Solta. 

A presença acumulada em mais de 100 cidades e vilas portuguesas e mais de 300 nos cinco continentes, bem como os cerca de 3 mil filmes apresentados anualmente à competição vindos de mais de uma centena de países, são números do reconhecimento nacional e internacional do trabalho da MONSTRA na promoção e divulgação da arte do cinema de animação.

Mais de 400 filmes exibidos anualmente em mais de uma centena de sessões. Cerca de meia centena de masterclasses, workshops, formações, encontros, transversalidades. Exposições com uma média de 10 mil espetadores, trouxeram a arte de nomes tão sonantes como Tim Burton, Aardman, Laika, José Miguel Ribeiro, Regina Pessoa… 

A MONSTRINHA alimenta anualmente mais de 30 mil crianças, num momento ímpar de literacia em animação que, juntamente com um público adulto em crescimento e um painel de cerca de duas centenas de convidados de todo o mundo, fazem atualmente da MONSTRA o Festival de Cinema com maior audiência e transversalidade em Portugal.

A MONSTRA é cada vez mais um lugar imprescindível para o encontro de pessoas e de artes. Um espaço de diálogo, de troca, de criação, de ideias, que se expande para além do grande ecrã em exposições, encontros, conferências, masterclasses, oficinas para adultos e crianças, bem como em diálogos transversais e transdisciplinares que ligam a animação a todas as áreas artísticas e do conhecimento.

Fernando Galrito e Miguel Pires de Matos
(Direção Artística)